
A Divisão
A Ordem da Senda Silenciosa mantém uma hierarquia interna cuidadosamente estruturada. Essa estrutura não é apenas funcional, mas simbólica — refletindo o caminho gradual do autoconhecimento e da responsabilidade no trato com o saber.
A ascensão dentro da Ordem pode ocorrer de três formas:
– pelo tempo de atuação,
– pela realização de feitos extraordinários,
– ou pela apresentação formal de monografias e defesa de teses filosófico-práticas.
A Ordem mantém um número fixo de membros ativos, embora esse número total seja desconhecido para a maioria dos próprios membros. Essa limitação serve tanto para preservar o sigilo quanto para evitar a expansão desordenada. Apenas quando uma vaga é aberta é possível a ascensão para o próximo nível.
Alguns pergaminhos atribuídos à fundação da Ordem — cuja autenticidade é frequentemente questionada — registram quantidades específicas de cargos e suas funções. No entanto, com o crescimento da Ordem ao longo dos séculos, essas limitações passaram a ser desconsideradas nos níveis mais baixos da hierarquia.
Abaixo seguem os principais graus de acesso, com suas possíveis atribuições. É importante notar que, por ser uma organização secreta, os nomes dos membros raramente são conhecidos, mesmo entre seus pares, sendo identificados por títulos, símbolos ou simples pseudônimos.
1 Grão-Mestre / 40 pontos
Sobre o Grão-Mestre circulam histórias que beiram o mito. Há quem afirme que é o mesmo homem que chegou com os primeiros humanos a Yrth — um ser que venceu o tempo, um deus que caminha entre os mortais. Outros acreditam que ele transcendeu a carne e tornou-se um espírito iluminado, um eco de sabedoria que ainda guia a Ordem.
A verdade é que pouquíssimos sequer sabem de sua existência. Seu nome raramente é pronunciado, e sua imagem é mais símbolo do que identidade. Ele é conhecido apenas como o Grande Caminhante — aquele que, mesmo ausente, define o norte silencioso de toda a organização.
Alguns acreditam que ele nem exista de fato — apenas uma ficção usada pelos Mestres para manifestar vontades ocultas.
3 Mestres / 35 pontos
Os Mestres são os guardiões da Arca do Conhecimento e os pilares vivos da Ordem. Cada um encarna um princípio essencial da existência: criação, transformação e contenção. Juntos, formam a Tríade Hermética da Senda Silenciosa, um equilíbrio alquímico que sustenta o corpo e a alma da tradição.
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Mestre Opus (Enxofre – A Obra)
Responsável pelo princípio criador. Concretiza o saber, estruturando ideias em formas duradouras. -
Mestre Verbum (Mercúrio – A Palavra)
Responsável pela transformação e transmissão. Ensina, traduz e determina o que pode ser revelado. -
Mestre Silentium (Sal – O Silêncio)
Responsável pela contenção e dissolução. Oculta, restringe e protege o sagrado da corrupção.
Cada Mestre atua com autonomia plena, mas em constante tensão e harmonia com os outros dois. É esse triângulo sagrado — criação, transmissão e restrição — que garante que o conhecimento seja vivo, poderoso e protegido.
7 Filósofos / 30 pontos
Os Filósofos são os intérpretes da realidade e os administradores regionais da Ordem, comparáveis a arcebispos em outras tradições. Sua missão é dupla: refletir e governar. Guiam suas regiões conforme os princípios definidos pelos Mestres.
Cada Filósofo comanda uma região filosófica e supervisiona diretamente duas ou mais Casas de Teóricos, que funcionam como núcleos de instrução, diplomacia e iniciação. São os rostos mais visíveis da alta hierarquia e, muitas vezes, os únicos conhecidos pelos membros de menor posto.
Funções principais:
- Interpretar doutrinas antigas e textos velados
- Julgar dilemas éticos e iniciáticos
- Questionar desvios e propor correções
- Coordenar cabalas e manter a harmonia filosófica
12 Praticantes / 25 pontos
Os Praticantes são o elo entre a cúpula e a base da pirâmide iniciática. Agem como mensageiros, juízes e diplomatas da Ordem, responsáveis por manter a disciplina e o fluxo de informações entre os Teóricos e os Filósofos.
Cada Praticante responde por uma ou mais Casas de Teóricos, garantindo sua funcionalidade e segurança. Também são encarregados de rituais, missões especiais e contato com estruturas externas da Ordem.
Funções principais:
- Representar os Filósofos em suas ausências
- Conduzir investigações e rituais
- Zelar pela ordem entre os Teóricos
- Supervisionar iniciações e aplicar julgamentos
40 Teóricos / 20 pontos
Os Teóricos são os guardiões diretos das Casas da Ordem — locais de ensino, reunião e iniciação. São eles que mantêm a estrutura viva e pulsante nas bases.
As Casas dos Teóricos são adaptáveis: podem assumir a forma de salas discretas, bibliotecas ocultas, escolas camufladas, igrejas silenciosas ou quartéis disfarçados. Cada uma serve à missão da Ordem em seu território.
Cabe aos Teóricos:
- Manter as Casas em operação segura e constante
- Conduzir estudos e instruções regulares
- Avaliar candidatos e autorizar iniciações
- Zelar pelo alinhamento com os princípios da Tríade
Pontuação Hierárquica
Patente | Título | Custo em Pontos | Descrição |
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8 | Grão-Mestre | 40 pontos | Grau máximo de poder e respeito na Ordem |
7 | Mestre | 35 pontos | Pilar simbólico: criação, transmissão e restrição |
6 | Filósofo | 30 pontos | Governança regional e conselho filosófico |
5 | Praticante | 25 pontos | Elo funcional e diplomático entre os níveis |
4 | Teórico | 20 pontos | Guardião das Casas e instrutor direto |
3 | Adepto | 15 pontos | Membro experiente, em vias de avanço |
2 | Novato | 10 pontos | Iniciado com algum grau de instrução |
1 | Iniciado | 5 pontos | Recém-admitido, em processo de observação e prova |