
Al-Wazif
Al-Wazif é uma nação islâmica em Yrth, fazendo fronteira com o mar a leste, al-Haz e Cardiel ao sul, as terras baixas montanhosas de Caithness a oeste e Mégalos ao norte. É considerada um baluarte contra os cruzados Megalanos, que a atacam há séculos. Sua localização central a enriquece com o comércio terrestre e marítimo, e séculos de hostilidade consolidaram suas regiões fronteiriças. É descrita como uma nação saudável e vibrante.
Geografia e Meio Ambiente
A maior parte de al-Wazif é composta por planícies. Há poucas florestas, mas o capim alto abriga uma grande variedade de vida selvagem, como antílopes, cavalos selvagens, moa e bisões. A maioria dos camponeses no norte e leste são agricultores, enquanto alguns Wazifenses no sudoeste mantêm um estilo de vida nômade, adaptado a um sistema de governança mais formal, criando gado e pagando impostos anuais em animais.
Al-Wazif possui nível de mana normal, diminuindo para mana baixo nas colinas e terras áridas ocidentais.
História
A nação de al-Wazif nasceu da união de tribos muçulmanas Sunitas que habitavam as colinas e planícies do centro de Ytarria, buscando resistir à ameaça das legiões de Mégalos. Em 1444, dois anos após a formação de al-Haz, as tribos do norte se reuniram em um torneio de quinze dias. O vencedor foi nomeado Califa, um título que passou a significar um grande governante e o Eleito de Alá, e os perdedores juraram segui-lo.
Al-Wazif suportou o impacto da agressão Megalana por muitos anos. Suas cidades e vilas foram arrasadas por legiões, e suas costas saqueadas por marinhas. Os Wazifenses lutaram obstinadamente, recebendo suprimentos de al-Haz. Quando a nação vizinha de al-Kard foi perdida para os invasores, o Califa aproveitou uma trégua para preparar suas defesas extensivamente, desenvolvendo máquinas de guerra e treinando unidades inteiras de magos, tornando seu território muito custoso de conquistar. Essa guerra se arrastou por cem anos, até que a libertação de Cardiel trouxe a paz.
Nos dois séculos seguintes, os Wazifenses resistiram a invasões e ataques fronteiriços periódicos. As vitórias Megalanas diminuíram, e a rebelião de Caithness, as derrotas no norte de Mégalos e a propagação da Floresta Negra contribuíram para a segurança de al-Wazif.
Há cerca de 16 anos, o sábio e tolerante Califa Ishaq ash-Sharif faleceu, e seu filho, Hafsa at-Talib ibn-Ishaq al-Wazifi, um erudito e um tanto indolente, o sucedeu, deixando muitos assuntos de estado para conselheiros competentes. Apesar de ser um pacifista instintivo, Hafsa foi convencido por generais, liderados por seu meio-irmão, o emir Harun abd Ishaq, a invadir Mégalos. O conflito resultante, conhecido como as Guerras de Fronteira (1991-1995), foi notável por Mégalos não ser o agressor. As forças de al-Haz enviaram ajuda simbólica. Após vitórias iniciais, o avanço Wazifense desacelerou, e a guerra se transformou em uma série de batalhas prolongadas com poucas mudanças territoriais. Eventualmente, Hafsa percebeu a inutilidade da guerra e negociou uma trégua, com ambos os lados declarando vitória.
Atualmente, al-Wazif se recuperou da guerra impressionantemente rápido e é uma nação próspera e vibrante. No entanto, a política interna está perigosamente instável, com o “grupo de generais” que iniciou a guerra ganhando nova força e o Califa Hafsa vendo seu meio-irmão Harun como um perigo para o estado. Os Wazifenses fortaleceram sua fronteira, incluindo Bannock, mas poucos líderes desejam mais combates.
Sociedade e Governo
A sociedade Wazifense é baseada em tradições muçulmanas e tribais, com o Status ligado à Hierarquia Administrativa ou Militar. A riqueza é respeitada como um sinal do favor de Alá.
O governante é o Califa, um monarca com posição hereditária, cujo reino é dividido em feudos governados pelos descendentes dos líderes tribais originais. O cargo de vizir é menos importante do que em al-Haz, sendo mais uma função de serviço público.
Al-Wazif adotou algumas tradições cavalheirescas de seus inimigos Megalanos e Cardielenses, e as Ordens Ghazi (como os Ghazis do Pégaso, leais ao Califa) têm muita força.
Não há leis que proíbam mulheres de usar o véu ou que regulem o casamento entre escravos.
Magia e Religião
Todos os magos treinados devem servir o Califa por dois anos, recebendo pagamento generoso e bom tratamento. A magia de combate e os itens mágicos são especialmente valorizados para a guerra. Há rumores de esconderijos de poderosos dispositivos mágicos espalhados pelo país.
A lei em al-Wazif é baseada na Sharia, mas os decretos do governante têm quase o mesmo peso que as opiniões dos mulás, e governadores locais podem interceder em julgamentos. O álcool é permitido para minorias cristãs e judaicas, e mulheres estrangeiras podem sair sem véu sem medo. O Islã Sunita de al-Wazif afirma que a magia branca é permitida por Deus.
Os Muçulmanos de al-Wazif são mais tolerantes, considerando Protestantes como “Povo do Livro” e permitindo congregações protestantes abertas em algumas cidades.
Cidades e Locais Notáveis
- As-Siyassi: Fundada em 1074, é uma das cidades humanas mais antigas de Yrth, servindo como centro cultural, religioso e econômico de al-Wazif. É a capital e um centro cultural magnífico, com uma grande universidade e escolas de artes mágicas.
- Tredroy Setentrional: A maior seção de Tredroy, considerada um “antro de pecado” pelo resto de al-Wazif devido à sua informalidade religiosa e sistema legal secular.
- Sa’Azraq: O emirado mais oriental de al-Wazif, um porto que tem pouco a oferecer em comércio. É uma área onde cristãos escravistas atuam, e por sua vez, muçulmanos escravistas também a usam como base para ataques a Mégalos.
- Gebel Thamad: Começou como uma estação intermediária na Estrada dos Peregrinos para Geb’al-Din e agora é um próspero centro comercial na interseção de rotas de caravanas. Ruínas antigas nas proximidades, a cidade de Autheuil, foram a primeira cidade humana em Yrth, e foram destruídas após conflitos com os elfos por causa do desmatamento e uso de magia sombria.
- Qazr as-Sawh: Governada pelo emir Harun abd Ishaq. Há rumores de que um dos principais esconderijos de itens mágicos do Califa está localizado nas colinas a sudoeste da cidade.
- Bannock: Uma cidade disputada nas Guerras de Fronteira, que caiu rapidamente para al-Wazif e sofreu um longo cerco, ainda hoje mantendo o ar de território ocupado.
- Os Pilares do Céu: Centenas de colunas de rocha na fronteira oeste, lar de homens santos Sufistas, reverenciados como um destino de peregrinação após Geb’al-Din.
Aventuras em al-Wazif
Al-Wazif é o cenário de “Noites das Arábias” de Yrth – colorido, dinâmico, com muita magia poderosa, caravanas mercantes e intrigas da corte. É uma encruzilhada de poderes ambiciosos, sendo uma zona de guerra recente e pode ser usada para thrillers ou contos românticos. Jogadores podem buscar esconderijos secretos do Califa ou investigar ruínas antigas como Autheuil.
Liderança e Estrutura Política de al-Wazif
1️⃣ O Califa
Hafsa at-Talib ibn-Ishaq al-Wazifi (50 anos)
- Título: Califa — “Eleito de Alá”, grande monarca.
- Personalidade: erudito, indolente, pacifista, introspectivo.
- História: filho de Ishaq ash-Sharif (falecido há 16 anos, monarca sábio); viúvo, tem 2 filhos e 2 filhas com concubinas.
- Política: evitou inicialmente guerra com Mégalos; generais o pressionaram; guerra começou (Guerras de Fronteira 1991-95); negociou trégua após ver inutilidade do conflito; teme o meio-irmão Harun.
- Magia: magos treinados devem servir 2 anos ao Califa; foco em fabricação de itens mágicos bélicos; rumores de esconderijos secretos de poderosos artefatos mágicos.
2️⃣ Emir Harun abd Ishaq
- Meio-irmão de Hafsa.
- Governador de Qazr as-Sawh.
- Comandante militar veterano.
- Iniciador das Guerras de Fronteira.
- Defende reconstrução agressiva do exército e autonomia militar.
- Rumores: controla um dos grandes depósitos de artefatos mágicos do Califa nas colinas próximas.
3️⃣ Bei Hisham ash-Sharib
- Bei de Shaniyabad.
- Jovem (cerca de 40 anos), atlético, carismático, ex-campeão dos Grandes Jogos.
- Planos: espalhou rumores de provocações contra Mégalos para forçar conflito; tentou orquestrar assassinato do Califa para tomar o trono; planos frustrados por Harun, que matou seu assassino.
- Tem rede de espiões e agentes.
- Origem parcialmente estrangeira (cabelos ruivos, olhos verdes) — tabu local.
4️⃣ Outras Figuras Relevantes
- Emir Ayyub ibn-Qasim al-Azraq (Gebel Thamad): capturou Taveon de Dekamera em ataque escravista; libertou-o como gesto de paz — que se mostrou um erro; sente-se pessoalmente traído por Taveon.
- Quediva Amin al-Burum: governador de Gebel Thamad; Gebel Thamad é uma das cidades mais prósperas de al-Wazif.
- Rhazi as-Safa: antigo místico sufista dos Pilares do Céu; reverenciado, influenciou fortemente o Califa Hafsa.
5️⃣ Estrutura de Governo
- Monarquia hereditária feudal.
- Feudos governados por famílias tribais tradicionais.
- Vizir: cargo puramente administrativo, sem grande poder político.
- Amires: líderes militares com funções quase feudais (alguns têm terras); status social entre 2-4 na hierarquia militar.
- Xeiques tribais: Status 2-3.
- Ordens Ghazi: ordens militares de elite, juramentadas ao Califa; muito influentes e bem organizadas.